Francisco Lopes deslocou-se ontem, sexta-feira, ao distrito de Aveiro. Participou num encontro com agricultores em Válega, concelho de Ovar, sobre a PAC, as questões da agricultura e do sector leiteiro; contactou com trabalhadores da indústria corticeira, em St.ª Maria da Feira; jantou com apoiantes em Espinho e esteve presente numa Sessão Pública em Ovar, na Praia do Furadouro.

Ao longo do dia, dedicado, primeiro, aos problemas do sector agrícola e, depois, ao sector corticeiro, Francisco Lopes pode contactar com a realidade concreta da crise que atinge a generalidade dos trabalhadores e, também, os pequenos e médios empresários ligados ao sector leiteiro.

Fruto de uma política injusta levada a cabo por este governo, com a participação activa de Cavaco Silva, na linha das políticas de direita, que caracterizam a acção governativa das últimas décadas, agrava-se a exploração e aprofunda-se a crise do aparelho produtivo. Os trabalhadores são penalizados nos seus salários e direitos, da mesma maneira que os pequenos e médios agricultores são espoliados, todos os dias, pelo rolo compressor das grandes superfícies, que esmagam os preços pagos à produção, ou das empresas do sector energético, que cobram preços especulativos ou, ainda, do sector financeiro, com as taxas de juro elevadíssimas. Por todas estas razões, a riqueza que é criada por quem trabalha, seja nas fábricas ou no campo, é hoje apropriada por meia dúzia de grandes grupos económicos, que, por sua vez, controlam o poder politico e a comunicação social.

Este é, de facto, o quadro actual - diria o candidato Francisco Lopes às próximas eleições presidenciais, perante os muitos camaradas e amigos que participaram, quer no jantar em Espinho, quer na sessão em Ovar - um quadro nefasto, que, por isso, importa inverter.

É também por esta clareza de objectivos que a candidatura de Francisco Lopes se destaca de todas as outras, a acrescentar ao facto de ser a única a não estar comprometida com a política de direita das últimas décadas!

Compare-se, ainda, com a posição de todos os outros candidatos perante o orçamento de Estado, aprovado recentemente na Assembleia da República, cujos efeitos nefastos se começarão a sentir logo no início de 2011, ou a posição relativamente às propostas apresentadas na Assembleia da República de taxar as mais-valias, as transacções em bolsa, os dividendos, as fugas de capitais para os offshores, ou, inclusive, de obrigar a banca a pagar o IRC à mesma taxa que se aplica às restantes empresas.

Por todas estas razões, a candidatura de Francisco Lopes - apoiada pelo PCP, pelos Verdes, pela Intervenção Democrática e, cada vez mais, por um número maior de democratas de diversas tendências políticas - é a candidatura da alternativa ao actual momento político. Uma candidatura em nome de todos aqueles que, sendo profundamente atingidos por estas políticas, não se resignam e não se conformam. O caminho que o governo - apoiado por Cavaco Silva - quer impor não é uma inevitabilidade. As suas políticas não irão resolver os problemas do país e dos portugueses. Apenas irão agravar a crise e a dependência nacional.

Francisco Lopes é, igualmente o candidato à esquerda que poderá dar um contributo fundamental para impedir a eleição de Cavaco Silva, num quadro de grande descontentamento relativo à acção governativa, que não deixará de afectar o candidato apoiado pelo Partido Socialista.

Na opinião de Francisco Lopes, a questão decisiva que se coloca para responder ao problema da crise e do endividamento externo é a do crescimento económico e a concretização de uma política alternativa de defesa e promoção da produção nacional, na indústria, na agricultura e nas pescas, invertendo a actual politica, patrocinada por Cavaco Silva, de substituição da produção nacional por importações, o que tanto tem contribuído para o nosso endividamento externo. Para isso, Portugal precisa de colocar sectores fundamentais da economia ao serviço do país e não ao serviço dos seus accionistas, muitos dos quais estrangeiros.

Por todas estas razões, o apoio à candidatura de Francisco Lopes representa um passo firme na construção da alternativa que o pais precisa e de que os trabalhadores tanto anseiam. Uma alternativa de desenvolvimento social ao serviço de todos e não apenas de alguns!

Ovar, 11 de Dezembro de 2010

A Comissão Concelhia de Ovar do PCP