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Venda especial do «Avante!» na Provimi

Com vista ao esclarecimento e mobilização dos trabalhadores pelos seus direitos, os militantes do PCP em Ovar estiveram, na semana passada, numa série de iniciativas de contacto com os trabalhadores de várias empresas do concelho. Durante todo o dia de terça-feira estiveram na Provimi, na Gametal/Kirchhoff, na Bosch e na Move-on (ex-Aerosoles), tendo nesta última distribuído também um comunicado com a posição do PCP sobre a sombra de um novo despedimento colectivo que paira sobre esta empresa. Na quinta-feira, dia de «Avante!», foi realizada uma venda especial à porta da Provimi, promovendo este jornal que há mais de 80 anos, ao serviço dos trabalhadores e do povo português, combate a manipulação informativa, divulgando as lutas que em todo o país se dão nos mais variados sectores, divulgando as iniciativas e actividade do partido, denunciando a ofensiva do capital - seja no âmbito mundial, europeu ou nacional. Notícias tantas vezes deturpadas ou simplesmente omitidas pela comunicação social dominante.

 

Jornal «Avante!»

Por um lado, um destaque especial ao último Congresso da CGTP, onde esta saiu reforçada para a luta, cumprindo o seu papel de grande central unitária que defende, de facto e intransigentemente os direitos das trabalhadoras e trabalhadores portugueses. Mas destaque especial também aos conteúdos gravosos e altamente lesivos de direitos laborais conquistados inscritos no já denominado "Acordo da Traição".

É certo que houve uma significativa derrota imposta pelos trabalhadores à meia hora de trabalho gratuito. Mas neste acordo Patrões e Governo, usando a sempre disponível mão que assina, da UGT, procuraram outros caminhos para o mesmo resultado: pagar menos pelo trabalho, para garantir maiores lucros ao capital. É este o objectivo fulcral do «acordo» que anunciaram na madrugada de 17 de Janeiro. Pretendem dar aos patrões todo o poder: mudar horários, acabar com feriados e retirar dias de férias, despedir, reduzir o pagamento do trabalho, instituir a precariedade como regra, liquidar a contratação colectiva, deixar os desempregados ainda mais desprotegidos, fragilizar a Segurança Social.

 

Mas o conteúdo desse «acordo» não é lei. O que nele está inscrito não pode ser aplicado. Por isso, o PCP apela a uma participação massiva na Grande Manifestação da CGTP prevista para o próxima 11/Fevereiro, uma manifestação de repúdio ao roubo e retrocesso impostos pelo capital, uma manifestação por uma ruptura com as políticas de direita, por um rumo diferente para o País.