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Ao longo dos últimos anos, são já inúmeras as vezes que a CDU, através dos seus eleitos na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia de Ovar, chamou a atenção da Câmara para o estado calamitoso da Rua Fonte do Casal. Ao nunca ter tomado em conta estes avisos, a Câmara de Ovar foi adiando a oportunidade de recuperar umas das principais entradas da cidade, aproveitando um riquíssimo património constituído pelo conjunto formado pela Ponte do Casal e respectiva Fonte e pela antiga fábrica de papel, e que está completamente ao abandono. Para além do estado de degradação não só do património edificado, mas também do natural (vejam-se as margens do Rio Cáster cuja vegetação cobre já quase totalmente a ponte), o piso da rua também tem merecido sucessivos reparos da CDU.

 

Em Fevereiro deste ano sucedeu, como era aliás inevitável que acontecesse, um acidente de moto que vitimou o Sr Álvaro Nunes Tomé, residente na Marinha, provocando-lhe lesões numa mão e num joelho, para além de escoriações múltiplas em várias partes do corpo. A origem do acidente, como ficou comprovado pela PSP, está directamente ligada ao lamentável estado da rua Fonte do Casal. Num primeiro momento, e em virtude das enormes covas da estrada, um carro partiu o carter derramando uma expressiva mancha de óleo numa larga extensão da estrada. Momentos depois, seria a vez do Sr Álvaro que, ao passar na mesma rua, não foi capaz de evitar o óleo e viria a despistar-se de forma aparatosa.

Desde então, a única vítima deste caso teve que atravessar um longo, moroso e complexo processo envolvendo a Câmara de Ovar, principal responsável pelo estado lamentável da Rua Fonte do Casal, a companhia de seguros e as autoridades policiais. Processo este que culminou numa vergonhosa carta da autarquia vareira dirigida ao Sr. Álvaro Nunes Tomé. Nesta carta, a Câmara Municipal de Ovar, em vez de assumir as suas responsabilidades, coloca-se deliberadamente no papel de provedor dos interesses da companhia seguradora, acusando de forma ofensiva o queixoso de faltar à verdade. Perante esta atitude indigna de uma instituição pública que deveria respeitar todo o cidadão, independemente da sua situação socio-económica, a CDU, através do seu eleito, José Costa, já enviou um requerimento ao Sr. Presidente da Câmara apelando para uma solução pacífica desta questão que minimize os prejuízos sofridos pelo elo mais fraco deste processo.

 

Pode consultar o requerimento aqui.