foto

Apesar da enorme operação mediática do governo à volta da abertura do novo ano escolar, a verdade é que se torna impossível mascarar as graves insuficiências do sistema educativo com que pais, alunos e professores se confrontam todos os anos. Passados alguns dias sobre o início das aulas são já muitas as queixas levantadas a propósito de diversas escolas e que motivaram recentemente uma visita de José Costa, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Ovar, à Escola Básica da Ponte Nova (S. João).

Sem que tenham sido dadas quaisquer explicações, foi em ambiente de grande consternação que os pais dos alunos assistiram à completa paragem das obras de recuperação daquela escola, que já estavam, como é fácil de compreender, substancialmente atrasadas. O resultado está à vista, com todo o espaço escolar transformado num imenso estaleiro. São as caixas do saneamento abertas e sem tampas, são montes de terra e entulho por todo o lado e um quadro eléctrico que não oferece condições mínimas de segurança, o que levanta dúvidas legítimas sobre a decisão de se terem começado as aulas com estas condições.

 
foto

Entretanto, outros problemas persistem em outras escolas, num quadro impróprio dum país supostamente desenvolvido. Na EB1 da Habitovar, as aulas do 1º ano nem sequer iniciaram por falta de mesas e cadeiras. Apesar dos múltiplos apelos feitos pela Associação de Pais, o portão da escola continua avariado, deixando o espaço escolar completamente permeável a qualquer pessoa. As indispensáveis obras de beneficiação da cozinha, que não reúne condições mínimas para funcionar, não estão sequer previstas, apesar do conhecimento da situação por parte dos responsáveis; isto apenas para citar alguns exemplos aos quais poderíamos junta a instalação eléctrica ou a cobertura do ginásio, onde chegam a estar 4 turmas juntas para as aulas de ginástica, num espaço absolutamente exíguo que obriga naturalmente ao recurso ao exterior enquanto a chuva não vem.

Da EB1 do Furadouro, a situação mais grave prende-se com o espaço improvisado sem condições que tem servido de cantina, com todas as limitações que isso acarreta, não só em termos de espaço (com o fim dos desdobramentos todas as turmas têm o mesmo horário de almoço), mas também pela total falta de equipamento (mesas e cadeiras próprias, bancas de apoio, lavatórios para as mãos etc.) que tarda em ser instalado apesar das promessas dos responsáveis.

 

Naturalmente que todas estas questões não deixarão de ser levantadas nas várias reuniões dos órgãos autárquicos onde a CDU está representada a começar desde já pela Assembleia de Freguesia de S. João de hoje e acabando na Assembleia Municipal da próxima semana.